Elisangela

Novo tratamento contra lúpus tem bons resultados em testes clínicos

Um novo tratamento contra o lúpus, doença autoimune que pode ser fatal, apresentou resultados promissores nos primeiros testes clínicos feitos em pacientes europeus, disseram esta terça-feira (8) cientistas reunidos em uma conferência nos Estados Unidos.

O novo tratamento contra este mal, no qual o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis, neutraliza uma proteína chamada interferon alfa, encontrada em quantidades maiores nos pacientes com lúpus e que pode levar a uma inflamação crônica e à autoimunidade.

O novo tratamento, similar a uma vacina, é desenvolvido pela empresa de biotecnologia Neovacs, com sede na França.

As injeções desta imunoterapia chamada Kinoid demonstraram ser seguras em testes de fase I/II em um pequeno número de pacientes europeus, que desenvolveram anticorpos contra o interferon alfa, anunciou a Neovacs em reunião científica do Colégio Americano de Reumatologia (ACR, na sigla em inglês), em Chicago.

"A injeção de Kinoid produz uma reação do sistema imunológico, o que resulta na produção de vários anticorpos que neutralizam o interferon alfa", disse o presidente executivo da Neovacs, Guy-Charles Fanneau de La Horie.

"O que estamos propondo é um tratamento muito simples e fácil de seguir por parte do paciente", declarou à AFP, em entrevista por telefone antes da apresentação formal dos resultados em Chicago.

O tratamento consiste em um trio de injeções no primeiro mês, seguido de uma injeção de três a quatro meses depois.

Após um pequeno teste aleatório, há mais testes clínicos previstos e estudos de fase IIb poderão começar em meados do próximo ano, disse Piers Whitehead, vice-presidente de desenvolvimento corporativo da Neovacs.

"Acreditamos que uma vantagem chave do nosso enfoque é que sabemos que podemos neutralizar os 13 subtipos (de interferon alfa) com o nosso produto", disse.

Os cientistas também conseguiram ver as mudanças no perfil de expressão genética em alguns pacientes com excesso de interferon, um sinal promissor de que o tratamento está funcionando, apesar de ser cedo demais para chamá-lo de cura.

Em março, a Administração de Drogas e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aprovou o primeiro fármaco para tratar o lúpus em 56 anos.

O Benlysta, desenvolvido pelo americano Human Genome Sciences e o britânico GlaxoSmithKline, aponta para uma proteína diferente do Kinoid, da Neovacs.

É um tratamento intravenoso, um anticorpo monoclonal, o primeiro lançado no mercado americano desde o Plaquenil, em 1955. A aspirina foi aprovada para tratar o lúpus em 1948.

O lúpus causa úlceras, fadiga, inchaço, dores no peito e problemas de coagulação, afeta mulheres em idade fértil com mais frequência do que os homens, e é particularmente comum nas negras.

Cinco milhões de pessoas em todo o mundo têm lúpus, que geralmente se manifesta entre os 15 e os 44 anos. Suas origens são incertas e não há cura conhecida.

Imunidade às avessas - Lúpus eritematoso: auto-agressão do organismo feminino


O lúpus exige tratamento cuidadoso por especialistas. Pacientes tratadas adequadamente têm condições de levar uma vida normal. As que não se tratam, acabam tendo complicações sérias, às vezes, incompatíveis com a vida

Diante das incertezas na vida, o ser humano tenta encontrar explicação para fatos a primeira vista inexplicáveis. E um deles é a existência de doenças autoimunes como o lúpus. Os cientistas ainda tateiam em busca de motivos pelos quais as próprias defesas do corpo passariam a encarar o organismo como um adversário em um campo de batalha.

A herança genética tem sua parcela de responsabilidade nesse processo do sistema imunológico. Mas, apesar da predisposição, muitos passam a vida toda sem apresentar essa reação “estranha”dos guardiões do corpo, o que indica um maior sinal de que fatores ambientais atuariam como estopins importantes para a auto-atrição.

Pesquisadores dos quatro cantos do globo querem decifrar quais seriam os gatilhos das doenças autoimunes. O lúpus encaixa-se neste perfil de pesquisa. “É uma doença rara, mais freqüente nas mulheres do que nos homens, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus, bactérias ou outros agentes. O anticorpo, que é um mecanismo de defesa, passa a ser um mecanismo de auto-agressão nessas pacientes. O que caracteriza a doença auto-imune é a formação de anticorpos contra seus próprios constituintes”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).

No lúpus, a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, confundem e adiam o diagnóstico apropriado.

Giulianna Aquarone, 29 anos, descobriu que tinha Lúpus aos 17, quando estava fazendo vestibular. “Comecei a ter umas dores no joelho e na sola do pé. Fui no ortopedista, fiz exames e não deu nada. Ele me indicou um reumatologista e disse para eu ir o quanto antes. Assim que cheguei, ela já solicitou os exames que deram positivo para lúpus”, conta Giulianna.

“O lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especialistas. Pacientes tratadas adequadamente têm condições de levar uma vida normal. As que não se tratam, acabam tendo complicações sérias, às vezes, incompatíveis com a vida”, alerta o reumatologista.

Entenda melhor o que acontece...

“O lúpus dificilmente aparece em meninas que ainda não menstruaram. Em geral, o acometimento coincide com a época da menstruação e atinge mulheres na faixa entre 15 e 30 anos. Se não há lesão renal e cerebral no primeiro surto, trata-se do lúpus benigno caracterizado por lesões de pele, asa de borboleta, dor nas juntas, sintomas controláveis com medicação. É também provável que esta paciente não apresente os problemas ligados com o passar da idade e venha a falecer de outra causa, que não o lúpus”, diz Sérgio Lanzotti. Se no primeiro surto, porém, a paciente manifestar lesão renal ou cerebral, ou as duas ao mesmo tempo, é sinal de mau prognóstico da doença.

Havia grande confusão diagnóstica em relação ao lúpus até a Sociedade Americana de Reumatologia enunciar os critérios de diagnóstico da doença, em 1971. A mulher que preencher quatro deles seguramente tem lúpus.

Os dois primeiros referem-se à mucosa bucal. Dentre outras lesões orais importantes, aparecem úlceras na boca que, na fase inicial, exigem diagnóstico diferencial com pênfigo, uma doença freqüente em países tropicais. Pode ocorrer também mucosite, uma lesão inflamatória causada por fatores como a estomatite aftosa de repetição, por exemplo.

“O terceiro critério diagnóstico envolve a chamada buttefly rash, ou asa de borboleta, que muitos consideram o critério mais importante, mas não é. Trata-se de uma lesão que surge nas regiões laterais do nariz e prolonga-se horizontalmente pela região malar no formato da asa de uma borboleta. De cor avermelhada, é um eritema que geralmente apresenta um aspecto clínico descamativo, isto é, se a lesão for raspada, descama profusamente”, explica o diretor do Iredo.

O quarto critério é a fotossensibilidade. Por isso, o médico deve sempre investigar se a paciente já apresentou problemas quando se expôs à luz do sol e provavelmente ficará sabendo que mínimas exposições provocaram queimaduras muito intensas na pele, especialmente na pele do rosto, do dorso e de outras partes do corpo mais expostas ao sol nas praias e piscinas.

“Pacientes que já têm lúpus diagnosticado devem proteger-se da radiação solar e usar fotoprotetor sempre, porque não é só na praia e na piscina que o sol é intenso. A radiação solar, em especial os raios ultravioleta prevalentes das dez às quinze horas, é a substância exterior que agride as pessoas que nasceram geneticamente predispostas. Em estudos conduzidos sobre a doença foi possível detectar inúmeros casos de pacientes que tiveram o primeiro surto logo após ter ido à praia e se exposto horas seguidas à radiação solar. Em geral, eram pacientes do sexo feminino, já que a incidência de lúpus atinge nove mulheres para cada homem”, diz Lanzotti.

Giuliana relata que não mudou muito seus hábitos depois do diagnóstico de lúpus. “Na verdade não mudei muita coisa não. Eu nunca gostei muito de tomar sol, de ficar estirada na praia, então hoje em dia eu fico embaixo do guarda-sol e é tranqüilo. Não deixei de ir à praia, nem de me divertir.” Apesar disso, ela lembra que é preciso aprender a tomar alguns cuidados: “Demorei bastante tempo para ter disciplina para tomar os remédios todos os dias, mas, hoje, meu celular desperta e eu tomo direitinho! Não posso mais beber como antes, tenho que evitar o sal por causa do rim e por causa da retenção que a cortisona causa, mas basicamente só isso. Tenho uma vida basicamente normal.

O quinto critério diagnóstico é a dor articular, ou seja, dor nas juntas, geralmente de caráter não-inflamatório. É uma dor articular assimétrica e itinerante que se manifesta preferentemente nos membros superiores e inferiores de um só lado do corpo e migra de uma articulação para outra. Geralmente, é uma dor sem calor nem rubor, sem inchaço, nem vermelhidão, os três sinais da inflamação. Há casos, porém, em que os três sintomas se fazem presentes.

“A dor é frequente nas articulações dos membros superiores. Acomete punho, cotovelo, ombro e dedos das mãos, como se fosse um quadro de artrite reumatóide. Portanto, a artralgia, às vezes, a artrite, e, excepcionalmente, a inflamação estão presentes no primeiro surto de 90% das pacientes. Por isso, elas procuram os reumatologistas. Se a paciente não apresenta dor articular, o diagnóstico clínico pode ficar em suspenso, pois não há rigidez matutina como na artrite reumatóide. É uma dor migratória não muito intensa. Isso, muitas vezes, retarda o diagnóstico, porque a paciente entra em remissão e não procura o tratamento médico apropriado”, relata Sérgio Lanzotti.

O sexto critério, e um dos mais importantes, é a lesão renal. Paciente com lesão renal acompanhada de hipertensão no primeiro surto tem prognóstico mais reservado. “A hipertensão arterial aponta que surgiu um processo inflamatório nas membranas das estruturas envolvidas no sistema de filtração do sangue que atravessa os rins e a paciente é acometida por glomerulonefrite”, conta o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).

No campo das doenças do sangue, o lúpus estabelece as chamadas penias. Em 20% dos casos, a anemia hemolítica coincide com a ruptura dos vasos sanguíneos e a fragilidade dos glóbulos vermelhos, levando à anemia hemolítica autoimune, uma manifestação da síndrome pré-lúpica. A paciente pode ir ao consultório do hematologista com esse problema e logo em seguida, ou, em alguns anos depois, manifestar o quadro clínico completo do lúpus eritematoso.

Outra manifestação de penia mais incidente é a leucopenia, ou seja, a diminuição de glóbulos brancos, dos leucócitos. “Em 40% dos casos, a leucopenia é traduzida pela produção de anticorpos principalmente dirigidos contra os neutrófilos, um tipo específico de glóbulos brancos, que hoje fazem parte do diagnóstico laboratorial do lúpus. Outra possibilidade é a ocorrência da plaquetopenia, ou púrpura trombocitopênica idiopática, uma lesão provocada por anticorpos contra as plaquetas que não tem etiologia definida e que pode preceder, em alguns anos, a instalação do lúpus”, afirma Sérgio Lanzotti.

A incidência de pericardites e de pleurites também podem ocorrer em pacientes com lúpus. Em 70% dos casos, a pericardite é subclínica e diagnosticada apenas nas autópsias.

Outro critério para confirmação do diagnóstico da doença é o imunológico. Essas pacientes apresentam uma reação falsamente positiva para sífilis e manifestam a síndrome anticoagulante lúpica, que se caracteriza por trombose, embolias e abortos de repetição”, enumera Sérgio Lanzotti.

Lúpus e maternidade

Há um conceito muito difundido de que pacientes lúpicas não devem, não podem e não engravidam. Isso provém de um problema imunológico. “Algumas dessas mulheres produzem anticorpos contra um constituinte especial chamado fosfolípedes, ou seja, substâncias com o radical fósforo do tipo gorduroso, situadas na circulação. Pacientes com esses anticorpos têm abortos recorrentes, outro sinal de pré-lúpus”, esclarece o reumatologista.

Além de abortos de repetição, as pacientes com lúpus têm coágulos em várias partes do corpo. Formam trombos no cérebro e formam êmbolos. “Uma paciente lúpica que não tenha esse componente talvez possa ter uma gravidez normal. No entanto, aquelas que apresentam lesão renal estão mais sujeitas a abortos recorrentes ou a dar origem a um feto com pouca chance de sobrevivência. Outras pacientes com lúpus podem não apresentar dificuldades para engravidar, mas a gravidez pode ser difícil, exigindo acompanhamento pré-natal feito por uma equipe multidisciplinar”, avisa Sérgio Lanzotti.

Diante de uma paciente jovem com lúpus que deseja engravidar, o melhor é oferecer informação sobre os riscos desta atitude. “Em 80% dos casos, pode haver uma piora da doença, ao contrário do que ocorre com a artrite, que melhora durante a gravidez”, explica o diretor do Iredo.

Sobre os planos de maternidade, Giulianna está bem informada e segura a respeito: “Na verdade o Lúpus não é hereditário, ele é genético. Segundo meus médicos, as chances do meu filho ter são as mesmas do seu. Não tenho nenhum caso na minha família, por exemplo! E quanto a ser mãe, isso também não é mais um problema hoje em dia. Antigamente realmente era mais complicado, muitas mulheres inclusive ficavam sabendo que tinham Lúpus somente quando ficavam grávidas. Mas hoje a maioria das mulheres que tem Lúpus tem filho normalmente. Segundo meu médico, a única recomendação é que vou ter que programar um bebê. Quando quiser ter filhos, terei que estar bem, com o Lúpus controlado, para poder parar de tomar alguns remédios e ter uma gravidez acompanhada, porém tranquila. Quero fazer isso daqui a uns 2 ou 3 anos.”

Opções terapêuticas

No passado, todos os casos de lúpus eram tratados com cortisona e seus derivados. Hoje, contamos com recursos melhores, inclusive em relação à própria cortisona. “Os corticóides modernos não são dotados de efeitos colaterais como aumento de pressão e grande retenção de sal e água. Podem ser injetados por via endovenosa. É o chamado pulso terapêutico que consiste em hospitalizar a paciente e infundir de uma só vez, numa única aplicação, a quantidade de corticóide apropriada a cada caso. Os pacientes suportam bem essa técnica terapêutica, a tendência à infecção é menor”, conta o médico.

Segundo Sérgio Lanzotti, a grande mudança no tratamento do lúpus foi o advento do emprego de um imunossupressor usado nos primórdios dos transplantes renais, que, hoje, pode ser aplicado nas pacientes com lúpus sob a forma de pulso. Outras drogas usadas inicialmente nesse tipo de transplante foram aproveitadas pelos reumatologistas para controlar a formação dos complexos imunes.

Giulianna está adaptada com novo tratamento que vem fazendo já há algum tempo. “Hoje, eu faço um tratamento com ciclofosfamida, que é uma espécie de quimioterapia, que faço de 3 em 3 meses, e tomo alguns remédios, como a cortisona, que já me deixou muito inchada, mas hoje eu diminuí e estou desinchando aos poucos. Acho que essa é a pior parte do lúpus pra mim – ficar inchada por causa da cortisona. Isso é a única coisa que me deixa realmente triste”, afirma.

“Como alternativa terapêutica há, ainda, a plasmaferese, que pode ser aplicada quando a lesão renal está muito ativa. A paciente é internada para retirar a grande quantidade de plasma. Com isso, o hematologista elimina os complexos imunes circulantes em benefício da evolução benigna das lesões renais e cerebrais”, explica o reumatologista.

Atualmente, as pesquisas e estudos para o tratamento do lúpus concentram-se no desenvolvimento de imunossupressores e imunomoduladores específicos para o combate e controle da doença.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

LÚPICA

Um comentário:

2007

Lupus e gravidez




Segurança da gravidez de uma mulher com lupus

Mulheres com lupus podem ter uma gravidez segura. Se o lupus estiver sob controle, é improvável que a gravidez cause ataque de sintomas. Porém, a gravidez de mulher com lupus pode ser considerada como de alto risco.
O Lupus deve estar sob controle ou sem sintomas por 12 meses antes da mulher engravidar. Ficar grávida quando o lupus está ativo pode ocasionar aborto, natimorto, ou outros problemas sérios. O planejamento antecipado é de importância crítica para a mulher com lupus.
Algumas mulheres sofrem ataque de sintomas do lupus durante a gravidez. Esses ataques de sintomas acontecem mais freqüentemente no primeiro ou segundo trimestre de gravidez. A maioria desses ataques de sintomas é moderada e pode ser facilmente tratada.

Pré-eclampsia ou toxemia gravídica é uma condição médica séria que deve ser tratada imediatamente. Pré-eclampsia é uma condição que começa depois de 20 semanas de gravidez e causa pressão alta e problemas nos rins e outros órgãos. Em torno de 20% das mulheres com lupus têm pré-eclampsia. Caso tenha pré-eclampsia provavelmente notará aumento súbito no peso, inchaço nas mãos e face, visão turva, tontura ou dor abdominal. Pré-eclampsia pode obrigar a um parto prematuro.
Embora muitas mulheres com lupus tenham gravidez normal, todas as gravidezes com lupus são consideradas de alto risco. Isso significa que certos fatores que causam problemas durante a gravidez são mais prováveis de ocorrer para a mulher grávida com lupus. Porém, isso não significa que ocorrerão problemas durante a gravidez.


Cuidados que a mulher com lupus deve ter ao desejar engravidar

Planejar com antecedência e cuidados médico apropriados são muito importantes:

* Ache um obstetra que lide com gravidez de alto risco e que possa trabalhar próximo com seu médico.

* Planeje ter seu bebê em um hospital apto a lidar com pacientes de alto risco e que forneça cuidados especiais que o seu filho possa precisar.

* Faça visitas regulares ao médico durante a gravidez.

* Converse com seu médico sobre quais medicamentos são seguros para uso durante a gravidez.

* Desenvolva um plano de ajuda em casa durante a gravidez e depois do nascimento do bebê. A maternidade pode ser muito cansativa, ainda mais para a mulher com lupus.

O bebê de uma mulher com lupus será saudável?

Filhos de mulheres com lupus não têm maior probabilidade de defeitos de nascença ou retardamento mental. Em torno de 3% dos bebês de mulheres com lupus terão lupus neonatal. Porém, na maioria dos casos isso some depois de 3 a 6 meses e não retorna.
Durante a gravidez o obstetra checará regularmente o batimento cardíaco do bebê e seu crescimento com ultra-som. Em torno de 30% das mulheres grávidas com lupus terão parto prematuro. Embora isso possa ser um perigo ao bebê, a maioria dos problemas podem ser tratados em hospitais especializados em partos prematuros.


A mulher com lupus pode amamentar?



Amamentação é possível para mulheres com lupus. Porém, alguns medicamentos podem ser passados ao bebê pelo leite materno. Converse com seu médico sobre se é seguro amamentar caso esteja tomando remédios para o lupus. Amamentação também pode ser desgastante para a mulher com lupus.


Lupus - Tratamento

Cura e tratamento para lupus

Não há cura conhecida para lupus, porém existem tratamentos. O tratamento dependerá dos sintomas e necessidades do paciente. O objetivo do tratamento é:
* Prevenir o aparecimento dos sintomas.
* Tratar os sintomas quando eles ocorrerem.
* Reduzir danos aos órgãos e outros problemas.

Medicamentos no tratamento de lupus

O tratamento de lupus pode incluir medicamentos para:
* Reduzir dor e inchaço.
* Prevenir ou reduzir o ataque de sintomas.
* Acalmar o sistema imunológico.
* Reduzir ou prevenir danos às articulações.
* Reduzir ou prevenir danos aos órgãos.

O que o paciente pode fazer para controlar os sintomas de lupus e prevenir seu aparecimento

A melhor forma de manter o lupus sob controle é seguir o plano de tratamento e tomar cuidado de si mesmo. Siga esses passos:
* Aprenda como descobrir quando os ataques dos sintomas estão vindo.
* Visite o médico regularmente.
* Mantenha a vida equilibrada ao estabelecer metas e prioridades realistas.
* Limite o tempo que gasta sob o sol e luz fluorescente ou halógena.
* Mantenha uma dieta saudável.
* Tenha sono e descanso suficientes.
* Exercite-se moderadamente com o consentimento médico e quando estiver bem para isso.
* Desenvolva uma sistema de apoio com pessoas que confia e pode pedir ajuda.

Apesar dos melhores esforços para seguir o plano de tratamento e bons cuidados consigo mesmo, existirão épocas onde os sintomas do lupus ficarão piores. Ser capaz de detectar os sinais de alerta de um novo ataque de sintomas pode ajudar na prevenção ou torná-los menos severos. Antes de uma ataque de sintomas do lupus o paciente pode ter novos sinais como:
* Sentir-se mais cansado.
* Dor.
* Rachaduras na pele.
* Febre.
* Dor estomacal.
* Dor de cabeça forte.

Entre em contato com seu médico caso ache que um ataque de sintomas do lupus está vindo.

Como lidar com o lupus

Lidar com uma doença crônica como o lupus pode ser difícil. Preocupações com a saúde e efeitos do lupus no trabalho e vida familiar podem ser estressantes. Mudanças na aparência e outros efeitos físicos do lupus e medicamentos usados no tratamento podem afetar sua imagem e auto-estima.

Seus amigos, família e colegas de trabalho podem parecer não entender como você se sente. Algumas vezes você pode se sentir triste ou com raiva. Ou então achar que não tem controle sobre a sua vida com o lupus. Porém, há coisas que você pode fazer para ajudá-lo:

* Controle seu ritmo. Pessoas com lupus têm energia limitada e devem administrar isso com sabedora. A maioria das pessoas com lupus sente-se muito melhor quando tem descanso suficiente e evita pegar muito trabalho ou afazeres domésticos. Preste atenção no seu corpo e diminua o ritmo antes de ficar cansado.

* Reduza o estresse. Exercitar com o consentimento médico, encontrar formas de relaxar e manter-se envolvido em atividades sociais que gosta pode reduzir o estresse.

* Obtenha apoio. Seja aberto sobre seus sentimentos e necessidades com a família amigos próximos. Eles podem ajuda-lo a ver que não está sozinho.

* Converse com seu médico. Os sintomas do lupus e alguns medicamentos podem ocasionar sentimentos de depressão. Não tenha medo de conversar com seu médico sobre esses sentimentos.

* Aprenda sobre o lupus. Pessoas que são bem informadas e envolvidas nos seus cuidados próprios têm menos dor, sentem-se melhor consigo mesmas, e mantêm-se mais ativas.


Medicamentos Usados no Tratamento do Lúpus

Os medicamentos são um importante aspecto do tratamento de muitos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). Existem dois objetivos básicos dessas drogas: 1) reduzir a inflamação dos tecidos afetados, e 2) inibir anormalidades do sistema imunológico consideradas responsáveis pela inflamção. Esse texto discute as principais drogas usadas no tratamento primário do lúpus. Ainda, é importante notar que pessoas com lúpus normalmente precisam de outros remédios para o tratamento das complicações normalmente observadas na doença. Exemplos desses tipos de medicamentos incluem diuréticos contra a retenção de fluidos, drogas contra a hipertensão, anticonvulsivantes, e antibióticos para o tratamento de infecções.

Drogas Antiinflamatórias

Drogas antiinflamatórias aliviam os sintomas do lúpus ao reduzir a inflamação responsável pela dor e pelo desconforto. Os antiinflamatórios são, de longe, os medicamentos mais usados no tratamento do lúpus, particularmente quando o paciente apresentam sintomas como febre baixa, fadiga, artrite, ou pleurisia. A melhora dos sintomas geralmente é notada após vários dias de tratamento. Na maioria das pessoas com lúpus, os antiinflamatórios são os únicos medicamentos necessários para controlar a doença.

Essas drogas são divididas em duas subcategorias: agentes não esteróides ou corticosteróides. Entre as drogas da classe não-esteróide, os salicilatos (normalmente na forma de aspirina) são os mais comumente usados. A aspirina normalmente é acondicionada com algum antiácido ou outra substânica para reduzir sintomas gatrointestinais. Como alternativa para os salicilatos, existe uma série de outras drogas não-esteroidais. Algumas dessas drogas precisam de prescrição médica enquanto outros, como ibuprofen, podem ser comprados diretamente sem qualquer receita. Por razões ainda desconhecidas, as pessoas com freqüência respondem melhor a certos não-esteróides do que a outros. Portanto, pode ser necessário o uso de pequenos cursos de várias drogas diferentes até que seja determinada a mais efetiva.

O efeito colateral mais comum associado ao uso de drogas não-esteroidais é a irritação do estômago ou intestino causando dor abdominal. Raramente isso leva a complicações mais sérias tais como úlcera com sangramento. Para reduzir as chances desses problemas, esse tipo de droga normalmente é ingerido durante as refeições ou ministradas juntamente com outros remédios para proteger o estômago e intestino.

Vários e muito raros efeitos colaterais dessas drogas não-esteroidais podem ser confundidos com sinais do lúpus. Essas drogas podem causar febre ou inflamações cutâneas, sendo facilmente confundidos com sinais da atividade lúpica. Elas ainda podem produzir alterações nos rins conduzindo a um edema ou anormalidades nos exames de urina ou sangue que lembram a nefrite lúpica. Similarmente, essas drogas também podem causar febre e dores de cabeça que podem imitar um tipo de distúrbio neurológico observado no lúpus. A identificação desses efeitos colaterais é importante um avez que os sintomas são prontamente reversíveis, bastando apenas interromper o uso desses medicamentos.

Corticosteróides (cortisona)

Costicosteróides são drogas com propriedades antiinflamatórias muito potentes. Elas podem ser usadas como creme ou pomadas para as inflamções cutâneas ou ministrados como comprimidos ou injeções. A maioria dos sinais do lúpus respondem rapidamente ao tratamento com corticosteróides e, às vezes, eles podem de fato salvar vidas.

A decisão de ministrar corticosteróides e os detalhes do tipo e qual a dosagem dessas drogas é altamente individualizada e depende das necessidades do paciente. Pacientes com sintomas como febre, artrite, ou pleurisia que não responderam ao uso de drogas não-esteroidais, são normalmente tratados com baixas doses de corticosteróides por via oral como a prednisona ou metilprednisolona (prednisolona). Por outro lado, pacientes com manifestações mais sérias do lúpus, como nefrite com massiva presença de proteína na urina, anemia ou baixo número de plaquetas, ou convulsões podem requerer altas doses de corticosteróides. Na maioria dos casos, o corticosteróide é ministrado em dose única pela manhã. Outras formas de ministras essa droga incluem várias doses durante o dia, doses em dias alternados, ou em altas doses por via intravenosa (pulsoterapia). Em geral, uma vez que os sintomas do lúpus respondem ao tratamento, a dose é reduzida gradualmente enquanto o paciente é observado para verificar se não há nenhuma recaída. Quanto mais a pessoa faz uso de corticosteróides, mais difícil se torna reduzir a dose ministrada.

Existem várias complicações no tratamento com corticosteróides. No geral, os riscos dessas complicações são maiores quanto maiores as doses requeridas, ou quando o medicamento é usado por um longo período. Os corticosteróides podem produzir mudanças na aparência física do paciente tais como, ganho de peso, inchaço das bochechas, afinamento da pele e dos cabelos, e facilidade para ferimentos. Desconfortos estomacais como dispepsia ou azia são comuns e podem ser minimizados com a ingestão das drogas durante as refeições ou juntamente com outros remédios para prevenir danos ao estômago. Os pacientes podem notar mudanças de humor que incluem a depressão e volubilidabe emocional (alterações de humor). Os corticosteróides podem ainda causar diabetes, aumentam o risco de infecções ou, quando ministrados por vários vezes, podem causar catarata. Podem ainda atingir os ossos, causando danos nas juntas do quadril, joelhos, ou outras articulações (osteonecroses); também podem causar osteoporose (afinamento dos ossos) após longos períodos de uso. Para muitos, cálcio ou outros medicamentos que previnem a osteoporose são ministrados juntamente com os corticosteróides.

Antimaláricos

Drogas usadas no tratamento da malária são largamente usadas no controle dos sintomas do lúpus. Elas são particularmente efetivas no tratamento da artrite lúpica, inflamações cutâneas, e ulcerações na boca. A droga hidroxicloroquina (Plaquinol) é o mais usada dos agentes antimaláricos. Os antimaláricos podem apresentar pequeno risco de danos ao feto, sendo normalmente descontinuados quando a paciente fica grávida.

Os efeitos colaterais da terapia com baixas doses de antimaláricos incluem sintomas gástricos (dores no estômago ou dispepsia), inflamações ou escurecimento da pele, e fraqueza dos músculos. Logo após o início do tratamento pode haver um pequeno embaçamento da visão, esse efeito some completamente por si mesmo.

Quando em altas doses como aquelas usadas no tratamento da malária, essas drogas podem produzir danos à retina causando distúrbios visuais e até a cegueira. O risco dessa complicação com o uso de baixas doses no tratamento do lúpus é extremamente baixo. Contudo, como precaução, pacientes tratados com antimaláricos geralmente passam por um exame oftalmológico completo no início e a cada 6 meses durante a terapia. Isso possibilita a detecção precoce de qualquer dano à retina e, se necessário, adroga pode ser suspenda para evitar danos maiores à visão.

Quimioterapia

Quimioterapias similares às do tratamento do câncer são usadas para suprimir o sistema imunológico do paciente com lúpus. As drogas mais comuns usadas nesse tratamento são a azathioprina (Imuran) e ciclofosfamida (Cytoxan). Essas drogas normalmente são reservadas às pessoas com manifestações mais sérias da doença como a nefrite lúpica ou distúrbios neurológicos onde o tratamento com corticosteróides falhou. Devido aos efeitos tóxicos associados a essas drogas, alguns dos quais muito sérios, é muito importante que as quimioterapias sejam conduzidas apenas por médicos acostumados com o seu uso.

Os possíveis efeitos tóxicos das quimioterapias são consideráveis e os pacientes tratados com essas drogas devem ser cuidadosamente monitorados. As drogas afetam as células produzidas pela medula óssea incluindo leucócitos, hemácias e plaquetas. Por isso, pacientes tratados com quimioterapia devem fazer exames de contagem do sangue (CBC) para ter certeza de que os níveis dessas células no sangue não fiquem muito baixos. E ainda, a quimiterapia reduz a capacidade do indivíduo de combater infecções; sendo também mais suscetíveis a ataques viróticos como herpes e outras infecções mais sérias.

Existem ainda outras toxidades distintas para cada tipo de droga usada na quimioterapia. A ciclofosfamida, por exemplo, pode causar náuseas e vômitos, perda de cabelo, complicações na bexiga, e esterilidade. A azathioprina normalmente causa distúrbios gastro-intestinais e tem sido associada com um tipo de hepatite alégica. Imagina-se que ambas as drogas podem aumentar o risco da pessoa desenvolver câncer.

Há uma necessidade das pessoas com lúpus em saber mais sobre as drogas usadas no tratamento. Esse texto fala brevemente sobre as mais importante e mais usadas drogas utilizadas. Se você tiver questões ou dúvidas relativas às informações aqui apresentadas, você deveria checar com seu médico, farmacêutico ou outro profissional da área.


Doença auto-imune

O lúpus é uma doença auto-imune crónica que pode atingir vários órgãos. Há uma agressão do organismo pelo sistema imune que deverá defendê-lo e não atacá-lo. De acordo com os estudos que têm vindo as ser realizados pela equipa, que integra o projecto Europeu BIOLUPUS, metade dos doentes apresenta problemas renais e, destes, 20 por cento acabam por desenvolver uma insuficiência renal crónica que obriga a hemodiálise.
Nestas investigações, foi possível identificar factores genéticos implicados neste desenvolvimento. Neste contexto, é muito importante conhecer o historial de doenças auto-imunes na família, para uma análise genética apropriada.
A doença tem vindo a aumentar nos últimos anos, não só em Portugal, mas também um pouco por todos os países ocidentais. Em causa poderá estar a “teoria da higiene” que relaciona o aumento das doenças auto-imunes com o controlo das doenças infecciosas, controlo esse resultante da melhoria das condições de higiene básicas e dos cuidados de saúde. Uma maior higiene na infância tende a favorecer, mais tarde, o aparecimento de doenças auto-imunes.

Lúpus

1 - É uma forma de reumatismo em que o sistema de defesa do corpo fica desregulado. O sistema imune passa a reconhecer tecidos próprios como estranhos (perda da autotolerância). Com isso, o paciente pode apresentar lesões cutâneas, renais, neurológicas, osteoarticulares e de outros órgãos;

2 - O lúpus é raro. São menos de 10 casos para cada mil pessoas;

3 - Pode se manifestar de maneiras diferentes. Em alguns, é mais grave e, em outros, é muito leve;

4 - Há uma forma da patologia que só afeta a pele, chamada de lúpus discoide, e uma sistêmica, em que múltiplos órgãos são acometidos. Às vezes, casos de lesão apenas de pele podem evoluir para problemas em vários órgãos. Outro tipo é o neonatal, que atinge recém-nascidos por conta da desregulação do sistema imune da mãe;


5 - A sua causa é desconhecida. Sabe-se que algumas pessoas e famílias têm facilidade de desregular o sistema imune. Provavelmente, agentes infecciosos e determinados medicamentos também possam favorecer o surgimento do problema, assim como exposição ao sol;

6 - Pode aparecer em homens e mulheres de qualquer idade, mas é classicamente uma doença de pessoas jovens do sexo feminino, em idade fértil. Na maior parte das vezes, inicia entre os 20 e 40 anos, quando a proporção de casos é de mais de 10 mulheres para um homem. O hormônio feminino estrogênio facilita o desenvolvimento do lúpus e parece que o hormônio masculino desempenha papel protetor. No entanto, quando homens têm lúpus, costuma ser mais grave;

7 - A doença não tem cura. Em geral, após a menopausa, tende a diminuir espontaneamente, exigindo menos medicação;

8 - Na forma cutânea, os sintomas são lesões de pele características (manchas particularmente nas áreas que tomam sol, como rosto, o "V" do decote e braços). Os indícios do problema sistêmico variam de acordo com o órgão atingido. Dores articulares são muito frequentes. O chamado ¿fenômeno de Raynaud¿, quando os dedos das mãos ficam muito frios e descorados ou arroxeados quando expostos ao frio, também são comuns;


9 - Alterações emocionais intensas podem modular o sistema imune e facilitar o aparecimento ou o agravamento da doença. Quando o lúpus atinge o sistema nervoso central, pode provocar alterações emocionais e até distúrbios comportamentais às vezes graves;


10 - A biópsia da lesão de pele costuma ser muito útil no diagnóstico das formas cutâneas da doença. Alterações laboratoriais e pesquisa de autoanticorpos auxiliam na confirmação das hipóteses clínicas;


11 - O tratamento varia conforme a gravidade e os órgãos afetados. Geralmente, se utiliza uma combinação de corticosterides tópicos ou sistêmicos (via oral ou injetável), anti-inflamatórios, imunossupressores e antimaláricos;

12 - As principais mudanças de hábito que o paciente deve realizar são evitar a exposição solar e os estrogênios (utilizados em anticoncepcionais e na reposição hormonal). Pessoas com lúpus têm muito mais doenças cardiovasculares. Portanto, devem se preocupar em fazer de maneira mais intensa o que todos precisam: afastar a obesidade e alimentos gordurosos, praticar exercícios e não fumar;

13 - Se não tratar o lúpus cutâneo, podem surgir lesões graves de pele. Quando a doença é sistêmica, há risco de perda de função dos órgãos envolvidos e mesmo de morte pela atividade da doença. As infecções em pacientes devem ser prontamente cuidadas, pois se disseminam com maior

14 - Estima-se que todas as formas de lúpus atinjam cerca de 1% da população mundial. Isso significa aproximadamente 70 milhões de pessoas no mundo e 2 milhões no Brasil.




Apesar de muitos homens serem afetados pelo Lúpus, ele costuma ocorrer de 10 a 15 vezes mais nas mulheres adultas do que nos homens adultos. Mesmo entre as mulheres, acredita-se que aquelas de origem africana, indígena ou asiática desenvolvam a doença com mais freqüência do que mulheres brancas.

Possivelmente os fatores hormonais seriam responsáveis pela maior incidência do Lúpus entre as mulheres. Isso pode ser suspeitado tendo em vista o aumento dos sintomas que ocorre antes do período menstrual e durante a gravidez. Particularmente o estrogênio estaria relacionado à doença.

Quanto à idade, o Lúpus pode aparecer em qualquer faixa etária e os sintomas serão os mesmos nos homens e mulheres.